O Caso Kodak: Quando a Falta de Adaptação Custa um Império
Durante grande parte do século XX, a Kodak foi sinônimo de fotografia. Fundada em 1888, a empresa dominava o mercado mundial com câmeras e filmes fotográficos. Seu nome era referência em qualidade e inovação. No entanto, o que parecia um império inabalável tornou-se um dos maiores exemplos de como não agir diante das mudanças de mercado.
Nos anos 1970, a própria Kodak desenvolveu a primeira câmera digital. Paradoxalmente, a empresa decidiu engavetar o projeto com medo de prejudicar seu principal produto: o filme fotográfico. Em vez de liderar a revolução digital, preferiu proteger o modelo de negócio tradicional. Essa resistência à mudança foi fatal.
Enquanto novas empresas, como a Sony e a Canon, investiam pesado na tecnologia digital, a Kodak insistia em sustentar seu antigo modelo de vendas de filmes e revelação de fotos — um formato que rapidamente se tornou obsoleto.
Com o avanço da fotografia digital e, posteriormente, dos smartphones, o público mudou seus hábitos. Fotografar e compartilhar imagens tornou-se algo instantâneo, e o processo químico de revelação ficou no passado. A Kodak tentou reagir tarde demais, quando já havia perdido relevância e espaço no mercado. Em 2012, declarou falência.
O caso Kodak é um alerta para empresários e empreendedores:
- O sucesso de hoje não garante o de amanhã.
- A inovação deve ser vista como oportunidade, não ameaça.
- Ouvir o mercado e acompanhar o comportamento do consumidor é essencial.
Em um mundo cada vez mais digital, a lição que fica é clara: quem não se adapta, desaparece. A Kodak não foi derrotada pela concorrência, mas pela própria incapacidade de se reinventar.











