Obesidade: fator de risco importante para o câncer de mama

A obesidade tem ganhado cada vez mais atenção da comunidade médica não apenas por estar relacionada a doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, mas também por seu papel no desenvolvimento de certos tipos de câncer, especialmente o câncer de mama. Embora não seja a única causa, o excesso de peso é considerado um fator de risco significativo para a doença, influenciando seu surgimento, progressão e prognóstico.

Segundo especialistas, o tecido adiposo em excesso pode alterar o equilíbrio hormonal do corpo, aumentando os níveis de estrogênio, hormônio associado ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer de mama. Além disso, a obesidade está ligada à inflamação crônica e à resistência à insulina — dois processos que criam um ambiente favorável para o crescimento tumoral.

“Hoje sabe-se que a maior causa de câncer é a obesidade…” Afirma aginecologista Dra Veranise Milan.

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Estudos mostram que mulheres com sobrepeso ou obesidade, principalmente após a menopausa, têm maior risco de desenvolver câncer de mama. Os tumores em pacientes obesas tendem a ser maiores no momento do diagnóstico e, em alguns casos, estão associados a um prognóstico mais desfavorável.

Por outro lado, manter um peso corporal saudável, por meio de uma alimentação equilibrada e da prática regular de atividade física, pode reduzir consideravelmente esse risco. Estima-se que a adoção de hábitos de vida saudáveis poderia prevenir uma parcela significativa dos casos de câncer de mama.

“A obesidade é um fator modificável. Isso significa que, ao contrário de outros fatores como genética ou idade, ela pode ser controlada”, explica a oncologista clínica Dra. Mariana Tavares. “Ao incentivar um estilo de vida mais saudável, estamos não só prevenindo o câncer, mas também melhorando a qualidade de vida de forma geral.”

A conscientização sobre o papel da obesidade no câncer de mama é especialmente relevante durante campanhas como o Outubro Rosa, que promovem a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. Além dos exames regulares, cuidar do corpo no dia a dia é uma forma poderosa de proteção.

Fonte: Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Instituto Nacional de Câncer (INCA)

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