Andradas, 128 anos entre montanhas! Parabéns Caracol!

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Andradas, 128 anos entre montanhas! Parabéns Caracol!

 

História

Os registros históricos oficiais de Andradas começam em 1792, com a iniciativa de dois fazendeiros de Baependi. Naquele ano, segundo os dados analisados, Felipe Mendes e Antônio Rabelo de Carvalho atravessaram o rio das Antas, cruzaram a Cachoeira Grande (hoje Cachoeirinha) do córrego do Tamanduá e se estabeleceram às margens do córrego do Cipó – Felipe Mendes à margem direita, Antônio Rabelo à esquerda. Com o gado que trouxeram, iniciaram suas fazendas.
Revelando um pouco as características do lugar, o primeiro povoado foi chamado de Samambaia, planta que dividia a paisagem com araucárias, perobas, cedros e jequitibás. Além de áreas de várzea, também se observavam na região os chamados campos de altitude.
Como era comum naqueles tempos, depois de se estabelecer no casarão da Macieira, na fazenda Lagoa Dourada, Felipe Mendes voltou a Baependi para buscar a família e escravos. Conforme consta, um deles, que não queria se mudar para a nova fazenda, provavelmente porque deixaria parte de sua família, assassinou o fazendeiro.
Sua mulher, Maria Francisca de Jesus, e os filhos conheceram então a fome e a miséria. Apareceram aventureiros para se apossar das terras. Sentindo-se impotente para enfrentar a situação, a viúva doou metade da fazenda para o alferes André de Pontes Pereira, garantindo, assim, a continuidade da colonização iniciada e dando origem a uma das principais famílias da história de Andradas.
A economia da época girava em torno da vida familiar, caracterizada por “casa, paiol e senzala”, que constituíam um sistema de subsistência praticamente auto-suficiente. As construções eram de pau-a-pique. A roda de tear e fiar garantia o tecido para as roupas, enquanto a natureza generosa e as terras férteis proviam as necessidades de alimentos e produtos para o escambo com outras localidades.
Em 1848, moradores da fazenda Lagoa Dourada decidiram erguer uma capela e a consagraram ao santo guerreiro São Sebastião. O terreno, de um alqueire, foi doado por Plácida Joaquina dos Reis, mulher de Cândido José Mendes, em escritura passada no Termo de Nossa Senhora do Patrocínio do Rio Verde de Caldas, da vila de Cabo Verde, comarca de Sapucaí, hoje Santa Rita do Sapucaí.
Em 1850, 1852, 1853 e 1881, sucessivas doações de terrenos, ligados à primeira delas, ampliaram a área do povoado. Assim, foram construídas ruas e o cemitério, localizado onde hoje se encontra a Rodoviária. Em 1860, Samambaia foi elevada à categoria de Distrito de Paz e passou a se chamar São Sebastião de Jaguary. Em 1866, transformou-se em Freguesia.
Por essa época, a fazenda Lagoa Dourada estava dividida em duas partes, que foram sendo retalhadas em áreas menores, com a chegada de novos moradores. No relato do historiador andradense João Moreira da Silva, no texto Caminhando de Samambaia a Andradas, “os proprietários que antigamente deixavam o gado livre, buscando o que comer onde quisesse, encontravam-se confinados, sufocados, como o gado, pelas cercas de arame farpado, novidade naquele tempo. Outra das inovações era o plantio do café, coisa que irritava aqueles que acreditavam que a nossa região deveria continuar sendo unicamente pastoril. Muitos deles, amando a natureza bruta, com suas árvores nativas, com o pinheiral margeando o rio Jaguari-Mirim, encantando-se com a variedade de pássaros, não viam com bons olhos as queimadas abrindo espaços, os animais afugentados, a enxada correndo, para plantar o odiado cafezal, que nem sequer sabiam se ia se adaptar ao nosso clima. Este foi um dos motivos da família Pontes ir procurar novos caminhos, em busca de terras férteis para o gado ou compras mais amplas e mais baratas. Havia também outro motivo a este, bem mais forte. A execução de Cachico na forca em 1857, sendo este interligado em parentesco com a família Pontes. Pois os Pontes, Batista, Beraldo, Ribeiro e Mendes são entrelaçados familiarmente e os primeiros a se estabelecerem em nossa comunidade”. Cachico, ou Francisco Batista Ribeiro, o último condenado à forca em Minas Gerais, foi executado em Caldas no dia 8 de janeiro de 1857. A mudança da família Pontes, causada em parte pela morte de Cachico, mas também (e, talvez, principalmente) pela chegada do café, pode ser considerada como um marco divisor na história de Andradas.
O fim da escravidão ainda tardaria quase dez anos, mas, em 1880, o café já exigia a contratação de mão-de-obra para o trato e a colheita. O Brasil (principalmente o Sul) iniciava a política de atrair imigrantes alemães e italianos. Em São Sebastião do Jaguary não era diferente e os italianos começaram a chegar, a partir da abertura oficial à imigração, em 1893. Contratados para substituir os escravos, moraram inicialmente nas senzalas. Os registros guardam nomes das primeiras famílias: Guido, Athanazio, Venturelli, Baldassari, Benassi, Conti, Trielli, Lomgo. Por essa época, havia cerca de cem casas na comunidade, das quais três assobradadas mais antigas e mais de vinte, novas.
Com os italianos, chegaram também nova cultura e novos hábitos. No início, a colônia italiana se manteve fechada. As famílias não permitiam o casamento fora dela, porque a maioria pretendia voltar para a Itália, depois de “fazer a América”. Naturalmente, os brasileiros os viam com reserva e com a superioridade de quem se sente dono do lugar. Tal sentimento se traduziu no tratamento jocoso de “polenteiros”, que davam aos italianos.
Isso durou cerca de duas décadas, nas quais ocorreu um importante fenômeno de aculturação, que seria decisivo para o desenvolvimento de Andradas, conforme se mostrará adiante. A tradição portuguesa de manejo da propriedade rural foi sendo substituída pelo jeito italiano de cuidar da casa, da criação e das lavouras, bem como por uma mentalidade de diversificar as atividades e a produção.
A casa de fazenda ligada ao curral e à pocilga, com chão de terra batida, foi substituída pela casa colonial, com tábuas largas, janelas amplas e mobiliários em madeira de lei. Uma tulha, um monjolo, ranchos para carros de boi e o engenho de cana para produzir o açúcar completavam a estrutura de produção da fazenda. E no porão, ainda no século passado, surgiu uma novidade que se revelaria promissora para o futuro da região: a adega.
A primeira parreira de que se guardou registro pertenceu ao coronel José Francisco de Oliveira e controvérsias se estabelecem quanto ao primeiro fabricante de vinho, ainda para uso familiar: há quem mencione o próprio Cel. José Francisco de Oliveira e quem atribua o fato a Joaquim Teixeira de Andrade. Mas logo os italianos reuniriam as condições para fabricarem o vinho. As cantinas mais antigas foram criadas por Mansueto Leonardi, Francisco Bertoli, Maximiliano Trevisan e Francisco Basso.
Através de Lei Provincial de 1º de setembro de 1888, a Freguesia de São Sebastião do Jaguary foi elevada a Vila do Caracol, instalada em 22 de fevereiro de 1890, data oficial de aniversário da cidade. A comunidade parece haver despertado para um dos maiores patrimônios naturais da região – a serra do Caracol, em cujas encostas se formou a sede. Chama a atenção o fato de que, no brasão de armas do município (criado em 1972) aparecem duas buzinas de caça de boiadeiros, lembrando a pecuária, dois ramos de videiras, simbolizando a vinicultura, e um caracol, representando a serra homônima. Não se colocou símbolo ou alegoria para o café.
A beleza da região, a fertilidade das terras e a água limpa e abundante foram vencendo a nostalgia dos italianos pela terra natal e, no início do século, já havia ex-colonos transformados em cafeicultores. Apesar do forte grau de parentesco entre a população brasileira, descendente de portugueses (“todos que não são italianos, são aparentados”, testemunha hoje uma moradora de Andradas), começou um processo de maior aproximação e interação com a comunidade italiana.
Na virada do século, o comércio da Vila do Caracol já ostentava tabuletas com nomes de lojas como Venturelli, Benassi, Trielli, Conti, Athanazio, Lomgo, Leonardi, Graziani, Biagioni, Pieroni, Taddei, Piagentini, Ferrari, Salvetti, Carroni, Giaconi e Contadini, iniciando uma tradição no ramo que se mantém até hoje. Outro traço de integração da comunidade é a influência italiana em uma das maiores tradições de Andradas e de Minas Gerais: a banda de música.
Em 1892, tomou posse a primeira Câmara Municipal. Em 1918, instalou-se o Termo Judiciário de Caracol. E, em 1925, a vila foi elevada à categoria de cidade. Por iniciativa do presidente da Câmara Municipal, Orestes Gomes de Carvalho, em 1928, o nome da cidade mudou: Caracol passou a se chamar Andradas, em homenagem ao então governador de Minas, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada.
A mudança não agradou a muitos moradores da cidade. Fiel a uma tradição de combatividade e de polêmica, inaugurada em 1911 por “O Caracolense”, seguido por “A Gazeta de Caracol” e “A Defesa”, o jornal “O Popular”, em sua edição de 22 de maio de 1932, dizia: “Caracol ou Andradas? Eu penso que nem Caracol e nem Andradas, São Sebastião do Jaguary é que é. Caracol foi ruim, Andradas pessimamente péssima. Convém que trabalhemos para São Sebastião do Jaguary, nome antigo, que depois de Samambaia, foi a segunda denominação que tivemos”.
O plebiscito organizado pelo jornal não foi suficiente para mudar o nome de Andradas, que permaneceu até hoje.
Ademais, verificou-se que a homenagem a um governador de Minas Gerais já não teria unanimidade local muito antes dos fatos relatados. A proximidade da cidade com a fronteira do estado de São Paulo e a distância física e política em relação à capital e ao governo mineiros, já em 1874 tinham provocado um movimento de cerca de 300 moradores, para que a então São Sebastião de Jaguary fosse incorporada a São Paulo. Isso se repetiu em 1961, quando São Sebastião do Paraíso liderou movimento separatista em favor de São Paulo, reunindo 55 municípios do Sul de Minas, entre os quais Andradas. Um e outro não chegaram aos resultados desejados, mas sinalizam uma realidade de maior proximidade com São Paulo, que será novamente abordada no curso deste Diagnóstico.
A evolução da economia do município gerou, além da sede, mais duas aglomerações de moradores, os distritos de Campestrinho e Gramínea, com vocação marcadamente rural.
Pecuária, café, vinicultura, banana, rosas, indústria cerâmica, confecções, fabricas de doce, biscoito e bolacha configuram o atual perfil econômico de Andradas. Seu processo de formação histórica, com forte influência da imigração e da cultura italianas, conformou um perfil sociológico diferenciado dos municípios vizinhos, que influi e aparece em diversos indicadores de desenvolvimento econômico e de qualidade de vida. A polarização exercida por Poços de Caldas, a proximidade com as cidades paulistas de Campinas, Águas da Prata, Espírito Santo do Pinhal, Mogi Mirim, Mogi Guaçu e a própria capital (São Paulo), bem como o afastamento econômico, político e cultural da capital mineira definem fluxos e expectativas econômicas.

Dados Demográficos

Área da unidade territorial 469,396 km²
Estabelecimentos de Saúde SUS 20 estabelecimentos
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – 2010 (IDHM 2010) 0,734
Matrícula – Ensino fundamental – 2015 4.380 matrículas
Matrícula – Ensino médio – 2015 1.158 matrículas
Pessoal ocupado total 9.942 pessoas
PIB per capita a preços correntes – 2014 18.295,45 reais
População residente 37.270 pessoas
População residente – Homens 18.681 pessoas
População residente – Mulheres 18.589 pessoas
População residente, religião católica apostólica romana 28.203 pessoas
População residente, religião espírita 578 pessoas
População residente, religião evangélicas 6.661 pessoas
Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios particulares permanentes – Rural 503,33 reais
Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios particulares permanentes – Urbana 580,00 reais
Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio – Rural 1.856,85 reais
Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio – Urbana 2.447,41 reais

Localização

Latitude: 22º04’05’’ latitude sul
Longitude: 46º34’04“ longitude leste

Limites:

Norte: Poços de Caldas e Caldas
Sul: Jacutinga e Albertina
Leste: Ibitiúra de Minas e Santa Rita de Caldas
Oeste: Estado de São Paulo – Águas da Prata, Espírito Santo do Pinhal,Santo Antônio do Jardim e São João da Boa Vista.

Vias de Acesso – Rodoviário

Distância da capital: 498 km de Belo Horizonte

A cidade é servida por dois eixos viários que exercem ligação regional:

Rodovias BR 146: ligação com Poços de Caldas.

Rodovia MG 455: faz ligação com a rodovia Adhemar de Barros (SP 340) duplicada – ligação com o Estado de São Paulo através do portão de entrada da região de Campinas.
Fazendo também a ligação com Belo Horizonte.

 

Distância das Principais Cidades

Cidades / Distância(km):

Belo Horizonte-MG………498 km
Campinas-SP……………..110 km
Mogi Guaçu-SP…………… 50 km
Poços de Caldas-MG…. 39 km
Pouso Alegre- MG……….100 km
Rio de Janeiro-RJ……….550 km
São Paulo-SP……………..220 km
Varginha-MG……………….200 km

Símbolos

Bandeira da cidade de Andradas – Minas Gerais

Art.6. A bandeira Municipal de Andradas, de autoria do heraldista arsênio Antonio Peixoto faria, da enciclopédia heráldica municipalista, será esquartelada em cruz, sendo os quartéis de verde constituídos por quatro faixas amarelas carregadas de sobre-faixa vermelhas dispostas duas a duas no sentido horizontal e vertical, e que partem de um losango amarelo, onde o brasão municipal e aplicado.
§ 1. O estilo da bandeira obedece à tradição heráldica portuguesa, do qual herdamos os cânones e regras, com direito a opção pelos estilos oitavo, sextavo, esquartelado em cruz e em saltar a terçado; sendo destes adotado o estilo esquartelado em cruz, lembrando neste simbolismo o espírito cristão do povo de Andradas.
§ 2. O brasão ao centro da bandeira simboliza o governo municipal e o losango onde é aplicado representa a própria cidade sede do município. As faixas simbolizam o poder municipal que se escandia todos os quadrantes do território e os quartéis assim constituídos, representam as propriedades rurais existentes no território municipal.
Art.7. De conformidade com as regras heráldicas a bandeira municipal terá as dimensões oficiais adotadas para a bandeira nacional levando-se em consideração 14 módulos da altura da tralha por 20 módulos do comprimento do retângulo.
Parágrafo Único: A bandeira municipal poderá ser reproduzida em bandeirolas despiu nas comemorações de efemeridades, obedecendo-se sempre, os módulos e cores heráldicos.
Art.8. No gabinete do prefeito será mantido um livro para o registro, de todas as bandeiras municipais mandadas consignar quer sejam por conta de terceiros com autorização especial, determinando-se datas, estabelecimentos para os quais foram destinados, bem como todo e qualquer ato relacionado às mesmas.
Parágrafo Único: Preferencialmente, a inauguração defuma bandeira devera ser efetuada em solenidade eriça, podendo ser designado um padrinho e madrinha, benção especial, seguindo-se o hasteamento com execução de marcha batida, ou Hino Nacional ou municipal, para em seguida proceder-se ao juramento feito pelos padrinhos que prestando a continência civil, versando nas seguintes palavras: “juro honrar, amar e defender os símbolos municipais de Andradas, e lutar pelo engrandecimento desta cidade, com lealdade e perseverança”; o acontecimento será designado em ata, conforme determinado neste artigo.
Art.9. As bandeiras velhas ou rotas serão incineradas de conformidade com o disposto no artigo 33 do decreto lei n de 31 de julho de 1942, registrando-se o fato no livro competente.
Parágrafo Único: Não será incinerado, mas recolhido ao museu histórico municipal, o exemplar da bandeira municipal ao qual esteja ligado fato de relevante significação histórica do município, como noção da primeira bandeira municipal inaugurada apos a sua instituição.
Art.10. A bandeira municipal deve ser hasteada de a sol a sol, sendo permitido seu uso a noite, uma vez que se encontre conveniente elucida; normalmente, far-se-á o hasteamento às 8 horas e o armamento às 18 horas.
§1. º Quando a bandeira municipal é hasteada em conjunto com a bandeira nacional, estará disposta a esquerda deste, sendo que a bandeira estadual será hasteada, ficara a nacional ao centro ladeada pela municipal à esquerda e a estadual à direita, colocando a nacional em plano superior as demais.
§.2º. Quando a bandeira municipal é distendida e sem mastro, em rua ou praças, entre edifícios ou em portas, será colocada de comprido, de modo que o lado maior do retângulo esteja em sentido horizontal e a coroa mural voltada para cima.
§ 3. ° Quando aparecer em sala ou salão, por motivo de reuniões, conferências ou solenidades, ficará a Bandeira Municipal distendida ao longo da parede, por trás da cadeira da presidência, ou do local da tribuna, sempre acima da cabeça do respectivo ocupante, observando-se o disposto no parágrafo 1 desde artigo, quando colocada em conjunto com a Bandeira Nacional e Estadual.
A. A Bandeira Municipal deve ser hasteada obrigatoriamente nas repartições e próprios municipais, nos estabelecimentos de ensino públicos e particulares, nas instituições particulares de assistência, letras, artes, ciências e desportos.
a) nos dias de festa ou luto municipal, estadual ou nacional.
b) diariamente na fachada nos edifícios – sede dos poderes legislativo e executivo municipal, isoladamente em dias de expediente comum e em conjunto com as bandeiras estadual e nacional em datas festivas.
A. Em funeral, para o hasteamento, será levada ao tope do mastro, antes de ser baixada a meia adriça ou meio mastro, e subirá novamente ao tope, antes do arriamento; sempre que conduzia em marcha, o luto será indicado por laço crepe atado junto a lança.
Art.13. Quando distendida sobre equipe mortuária do cidadão que tenha direito a esta homenagem, ficara a tralha do lado da cabeça do morto e a coroa mural do brasão à direita, devendo ser retirada por ocasião do sepultamento.
A. Nos desfiles, A bandeira municipal contará com uma guarda de honra, composta de seis pessoas, sendo um porta-bandeira, seguindo à testa da coluna quando isolada ou procedida pelas bandeiras nacional e estadual, quando estas também estiverem concorrendo ao desfile.
A. Os estabelecimentos de ensino municipal deverão manter a bandeira municipal em lugar de honra, quando não esteja hasteada, do mesmo modo procedendo-se com as bandeiras nacional e estadual, desde que haja doação da mesma.
A. É terminantemente proibido o uso da bandeira municipal para servir de pano de mesas em solenidades, devendo obedecer ao previsto no parágrafo 3. ° do art.10 da presente lei.
A. É proibido o uso e o hasteamento da bandeira municipal em locais considerados inconvenientes pelo poderes competentes.

Brasão da cidade de Andradas – Minas Gerais

A. Fica o Poder Executivo autorizado a contratar serviços de um compositor ou instituir concurso entre compositores para a escolha do Hino Municipal.

Parágrafo Único. A regulamentação do hino municipal obedecera em principio a presente lei e o prescrito no decreto-lei n° 4545 de 31 de julho de 1942, com relação ao Hino Nacional.
A. O brasão de armas do município de Andradas de autoria do heraldista Arcinoé Antonio Peixoto de faria, da enciclopédia municipalista, em termo heráldicos assim as descreve: “escudo sanitico, encimado pela coroa mural de outo torres, de argente emplumado de goles sobre postos a tres setas entrecruzadas do mesmo metal flanqueadas, destra e sinistra do escudo, duas buzinas de caca estilo boiadeiro, de jalde. Em ponta, triplo mantel de jalde carregado de um caramujo de sable. Como suportes, à destra e sinistra”,
Galhos pampianos frutificados ao natural, entrecruzados em ponta, sobre os quais se sobrepõe um leste de goles, contendo em letras argentinas o topônimo “Andradas” ladeando os milésimos “1848” e “1890”.
§1. ° O brasão descrito neste artigo em termos heráldicos tem a seguinte interpretação simbólica:
a) Os escudos cinéticos, usados para representar o Brasão de armas de Andradas, foi o primeiro estilo de escudo introduzindo em Portugal por influencia francesa, herdada pela heráldica brasileira como evocativo da raça colonizadora e principal formadora da nossa nacionalidade.
b) A coroa mural que a sobrepõe é o símbolo universal dos brasões de domínio que, sendo de argente (prata) de oito torres dos quais apenas cinco são visíveis em perspectiva no desenho classificado cidade representada na segunda grandeza, ou seja, sede da comarca.
c) A cor senos (verde) do campo do campo de escudo é símbolo heráldico de honra, civilidade, cortesia, abundancia, alegria; é cor simbólica da esperança e a esperança é verde, porque lembra os campos verdejantes na primavera, fazendo esperar copiosa colheita.
d) firmando em chefa o capacete romano de argente emplumado de goles e sobreposto a três seta entrecruzadas do mesmo metal, e o símbolo de São Sebastião, padroeiro da cidade lembrando também o primitivo topônimo de São Sebastião do Jaguar.
e) O metal argente simboliza a paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza e religiosidade.
f) Flanqueados de caca estilo boiadeiro de jalde lembram a pecuária, uma das expressões econômica do município.
g) O metal jalde (ouro) simboliza a nobreza, riqueza, esplendor, soberania e a cor sabem (preto) significa a do Município.
h) o triplo mantel de jalde (ouro) carregado de caracol de sabe (preto), lembra no brasão a serra do caracol em cujos contrafortes teve inicio núcleos de provimento nos quais se originaram as cidades de hoje.
i) nos orçamentos exteriores, os galhos de pampianos lembram a viticultura, atividade econômica da mais alta importância na vida municipal, responsável pelo renome nacional e internacional da qualidade dos vinhos produzidos.
j) na lesta de goles (vermelho), cor simbólica da dedicação, amor-pátrio, audácia, intrepidez, coragem e valentia, inscreve-se as letras argentinas (prateadas), o topônimo identificador “Andradas” ladeados pelos milésimos “1848” data de sua fundação e “1890” de sua emancipação política.
§ 2. ° O Brasão, de conformidade com as regras heráldicas, obedecerá em qualquer reprodução e construção modular de sete módulos de largura por oito de altura, tomados de escudo.
Art.20. O brasão será reproduzido em clichês, para timbrar a documentação oficial do município de Andradas, com a representação iconográfica das cores em conformidade com a Convenção Internacional, quando a impressão é feita a uma só cor e a obediência das cores heráldicas; quando a impressão é em policromia.
Art.21.Objetivando a divulgação municipalista, o Brasão Municipal poderá ser reproduzido em decalcomania brasões de fachada, flâmulas, clichês, distintivos, medalhas e outros materiais, bem como apostos a objeto de arte. Desde que, em qualquer reprodução, sejam observados os módulos e cores heráldicas.
Art.22. A critério dos poderes Municipais, poderá ser instituída a ordem Municipal do Brasão, para comenda “aquelas que, de algum modo e sem injunções políticas tenham merecido e justificado a honraria outorgada”.
Parágrafo Único. Será a comenda constituída por medalhas do Brasão, esmaltada em cores, ou fundida em metal-ouro ou prata fixada em lapela com as cores municipais, acompanhadas de diploma da ordem de comendador da ordem municipal do Brasão ““.
Art.23. Esta lei entrará em vigor na Data de sua publicação, revogando as disposições em contrário.

História do Hino de Andradas

Em plena Festa do Vinho, lá pelos idos de 1965, encontravam-se em Andradas três de seus filhos ausentes muito queridos: o Dr. Antônio Lisboa Duarte ( o Neca, para os íntimos), o Dr. José Carlos de Magalhães Teixeira e o cantor e musicista Daniel Magalhães! Saudosos da Terra das Altas Montanhas, eles haviam deixado as suas cidades de adoção, na certeza de que, durante aquela tradicional Festa, encontrariam, aqui, os companheiros de infância, os amigos queridos, os conhecidos de antanho, dos quais estavam separados pelas próprias circunstâncias da vida.
À noitinha, passeando aqui e ali, conversando com este ou aquele conterrâneo, detendo-se nas esquinas de Andradas, onde a saudade soluçava em cada canto, sentiram que a inspiração avolumava-se-lhes nos recessos dalma. Então, ansiosos por celebrarem, em versos eternos, o nome da cidade amada, e entre goles espacejados do bom vinho andradense, combinaram entre si a composição do hino… de um hino que falasse das belezas de nossa Terra, da generosidade de nosso povo, da visão bucólica de nossas montanhas, do viço extasiante de nossos parreirais. Assim é que nasceu o “Hino de Andradas”, hoje cantado com emoção por todos os que amam este pedaço edênico, incomparável, de Minas Gerais! Eis então o Hino de Andradas.

Hino de Andradas

I

“Eu sinto uma saudade
Vou dizer de onde é
É da minha terrinha
Que bonita que ela é.
Fica entre montanhas
É banhada pelo sol
Hoje é Andradas
Antiga Caracol.

II

Oh, que maravilha!
Os teus verdes parreirais!
És a cidade jóia
Da velha Minas Gerais!
Tuas praças são tão belas
Tua igreja é altaneira
És pétala de rosa
Aos pés da Mantiqueira.

III

Cidade toda em flor
Amor de tantos ninhos
Tua gente é tão boa
Oh, terra santa dos vinhos!
Teu céu é tão azul
Tão belo é teu luar
Quem te conhecer
Sempre há de te amar”.

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