Morre um dos maiores pregadores evangélicos do mundo
O adeus a Billy Graham
O pregador evangélico norte-americano Billy Graham, morreu nesta quarta-feira, aos 99 anos, em sua casa, na Carolina do Norte (sul dos EUA). Confidente de Richard Nixon, conselheiro espiritual de George W. Bush e de Dwight Eisenhower e próximo de Bill Clinton, entre outros presidentes norte-americanos, Graham foi uns dos pastores mais influentes da história do seu dos Estados Unidos, um verdadeiro transformador da vida religiosa nacional.
Doente de câncer e do mal de Parkinson, estava havia mais de uma década aposentado dos púlpitos. Seus concorridíssimos sermões, que ele chamava de “cruzadas”, deram a ele a fama de um homem anguloso, com uma lista considerável de admiradores e críticos.
De suas conversas com Richard Nixon, muitas delas gravadas em fitas depositadas no Arquivo Nacional, provêm alguns dos aspectos mais ambíguos do personagem, incluindo comentários de cunho antissemita. Mesmo assim, a empresa de pesquisas Gallup incluiu regularmente Graham entre as 10 figuras mais admiradas no mundo.
“A Salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos.”
Billy Graham
Em 2006, passou o bastão ao seu filho Franklin, que assumiu o comando da Associação Evangélica Billy Graham. É também pregador, mas muito mais polêmico que o pai e autor de declarações islamofóbicas proferidas depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. “É uma religião má e perversa”, disse o filho, na época. “Não atacamos o islamismo, foi o islamismo que nos atacou. O deus do islamismo não é o mesmo Deus [dos cristãos]. Não é o filho do Deus da fé cristã ou judaico-cristã. É um deus diferente”, acrescentou.
A morte de Billy Graham foi lamentada por líderes políticos e religiosos de todo o mundo, entre eles o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), e o ex-presidente Barack Obama (Democrata).
Fonte: El País