Pesquisadores da Universidade Federal do Nordeste conseguiram extrair sangue líquido do corpo de um cavalo pré-histórico preservado no permafrost (camada de gelo permanente que recobre grande parte do solo da Sibéria) por 42 mil anos. O fóssil foi descoberto em 2018, informa a agência de notícias TASS, citando o biólogo Semion Grigóriev.
“A autópsia mostrou que todos os órgãos internos estavam bem preservados. Foram retiradas amostras de sangue líquido dos vasos em torno do coração. O congelamento e as condições favoráveis do sitio arqueológico permitiram que o sangue fosse armazenado em estado líquido por 42 mil anos”, afirma.
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Segundo o pesquisador, trata-se da descoberta da Era do Gelo mais bem preservada entre todos os achados até o momento. Até mesmo os tecidos musculares do cavalo mantiveram sua cor avermelhada. Além disso, certas partes do corpo do animal, como a cabeça e as pernas, ainda estão cobertas de pelos, “o que também é um fenômeno sem precedentes”, destaca.
Juntamente com um grupo de coreanos da Fundação de Pesquisa em Biotecnologia Sooam, os funcionários de laboratório paleontologia nuclear da universidade russa estão tentando agora cultivar células do potro, com o objetivo de fazer uma clonagem.
O cavalo pré-histórico, que viveu durante o tempo dos mamutes, foi descoberto em 2018 na região siberiana da Iakútia.
A área da descoberta, a 90 metros de profundidade do solo, é um tesouro para os paleontólogos: em 2009, foi achada ali a metade do corpo de um cavalo de quase 4.400 anos de idade, e os restos de um bisão de cerca de 8.200 anos.
matéria de Russias Beyond