Como Ter Paz e sair da depressão? Elias Batista conta neste vídeo como ter paz para se livrar da depressão e outros males. Nem sempre a felicidade vem do ter e sim do ser uma pessoa de paz interior.
Veja o que diz o Discurso do Papa João Paulo II aos participantes na
Conferência Internacional sobre “a depressão”. O aumento dos estados depressivos tornou-se preocupante. Neles revelam-se fragilidades humanas, psicológicas e espirituais que, pelo menos em parte, foram induzidas pela sociedade. É importante tomar consciência das repercussões que têm sobre as pessoas, as mensagens veiculadas pelos meios de comunicação, os quais exaltam o consumismo, a satisfação imediata dos desejos, a corrida a um bem material sempre maior. É preciso propor novos caminhos, para que cada um possa construir a própria personalidade, cultivando a vida espiritual, fundamento da existência madura. A participação entusiasmada nas Jornadas Mundiais da Juventude mostra que as novas gerações procuram Alguém que possa iluminar o seu caminho quotidiano, dando-lhes a razão para viver e ajudando-as a enfrentar as dificuldades.
A depressão é sempre uma provação espiritual. O papel daqueles que cuidam de pessoas deprimidas e não têm uma tarefa terapêutica específica, consiste, sobretudo, em ajudá-las a recuperar a auto-estima, a confiança nas próprias capacidades, o interesse pelo futuro, o desejo de viver. Por isso, é importante estender a mão aos doentes, fazer com que eles sintam a ternura de Deus, integrá-los numa comunidade de fé e de vida na qual possam sentir-se acolhidos, compreendidos, sustentados, dignos, numa palavra, amar e ser amados. Para eles, como para qualquer outro, contemplar Cristo e deixar-se “guiar” por Ele é experiência que os abre à esperança e os estimula a escolher a vida (cf. Dt 30,19).
No percurso espiritual, a leitura e a meditação dos Salmos, nos quais o autor sagrado expressa em oração as suas alegrias e as suas angústias, pode ser de grande ajuda. A recitação do Rosário permite encontrar em Maria, uma Mãe amorosa que ensina a viver em Cristo. A participação na Eucaristia é fonte de paz interior, tanto para a eficácia da Palavra e do Pão da vida, como pela inserção na comunidade eclesial.
Sabendo muito bem quanto custa para uma pessoa com depressão o que para os outros parece simples e espontâneo, é preciso ajudá-la com paciência e delicadeza, recordando o conselho de Santa Teresa do Menino Jesus: “Os pequeninos fazem passos pequeninos”.
No seu amor infinito, Deus está sempre perto daqueles que sofrem. A enfermidade pode ser uma estrada para se descobrir outros aspectos de si mesmos e novas formas de encontro com Deus. Cristo escuta o clamor daqueles, cuja barca é ameaçada pela tempestade (cf. Mc 4,35-41). Ele está presente junto deles para os ajudar na travessia e guiá-los em direção ao porto da serenidade recuperada.
O fenômeno da depressão recorda à Igreja e a toda a sociedade como é importante propor às pessoas e, especialmente aos jovens, modelos e experiências que os ajudem a crescer nas dimensões humana, psicológica, moral e espiritual. Com efeito, a ausência de pontos de referência não pode senão contribuir para tornar a pessoa mais frágil, induzindo-a a considerar que todos os comportamentos se equivalham. Deste ponto de vista, o papel da família, da escola, dos movimentos jovens, das associações paroquiais é muito relevante devido à incidência que tais realidades possuem na formação da pessoa.
Portanto, é significativo o papel das instituições públicas para garantir condições dignas de vida, particularmente às pessoas abandonadas, enfermas e idosas. Igualmente necessárias são as políticas para a juventude, que visam oferecer às novas gerações motivos de esperança, preservando-as do vazio e dos seus perigosos substitutivos.
Queridos amigos, ao encorajar-vos a um renovado compromisso, num trabalho tão importante junto dos irmãos e irmãs afetados pela depressão, confio-vos à intercessão de Maria Santíssima, Salus infirmorum. Que cada pessoa e cada família possam sentir a Sua materna solicitude nos momentos de dificuldade.
A vós todos, aos vossos colaboradores e a quantos vos são queridos, concedo de coração a bênção apostólica.