Hoje em dia você entra no Facebook e a rede social está inundada de imagens de Luto, são amigos que perderam alguém querido. Somente Andradas perdeu 79 vidas para a covid19, No Brasil 410 mil mortes pelo coronavírus, no mundo mais de 3 milhões de pessoas perderam a vida para esta pandemia.
Estamos em luto pelas 3 milhões de pessoas que perderam a vida, como se uma bomba atômica acabasse com toda a população do Urugaui. Aqui no Brasil é como se três cidades do tamanho de Campinas fossem dizimadas. O mundo está de luto.
Veja no mapa a seguir um relatório de incidência de covid na população andradense.
Como lidar com o luto?
Quem passou pela perca de alguém, sabe que somente o tempo pode curar a dor da morte. Não existem fórmulas mágicas ou receitas infalíveis para lidar com o luto e sim pensamentos e atitudes que nos auxiliam nessa longa caminhada.
Entramos no luto, sofremos e temos que aprender a lidar com a ausência e com a distância. Cada pessoa tem o seu tempo, e precisamos estar livres, sem cobranças e especulações até conseguirmos nos adaptar e aprendermos a sobreviver sem a pessoa que se foi.
Primeiro, não acreditamos no que aconteceu, não queremos falar sobre o assunto, temos falta de energia e alterações no sono, no humor e no apetite, o que nos leva a um isolamento e distanciamento do presente.
Segundo, sentimos raiva muitas vezes da espiritualidade que acreditamos, pois foi permitido que o ser amado fosse tirado de nós e esta raiva precisa ser colocada para fora. A nossa angústia se transforma em revolta e a relação com outras pessoas pode se tornar um grande martírio.
Em terceiro vem a solidão e ao mesmo tempo, muito sagrado. É vivenciado de maneira ímpar, pois cada pessoa reage a ele de maneira diferente e não existe certo ou errado.
“Faço tudo que for possível para que esses sentimentos acabem.” É uma ideia recorrente que nos atinge, até tomarmos a consciência que não tem volta e que não poderemos fazer mais nada. Para a morte e o tempo, não existe negociação.
Em processo de doença grave e sem cura, por exemplo, a morte começa a ser encarada de perto, pois a percepção do estado de saúde do nosso ente querido aciona o gatilho do Luto antecipatório, que pode ser vivido tanto pelo paciente, como pela família, amigos e profissionais de saúde.
É uma fase dolorida e de elaboração, compreendida entre o diagnóstico de uma doença e a morte propriamente dita. A tristeza se faz presente, com a percepção consciente que a perda está ali. Percebemos a finitude do ser humano.
Nos primeiros dias parece que o ente querido vai voltar, no primeiro mês da uma angustia, com um ano consegue-se viver e ao passar de 10 anos a pessoa parece distante, como um sonho feliz vivido. Triste a dor do luto, mas necessário.
Estamos em luto pelas 79 vidas andradenses, 410 mil vidas do Brasil e 3 milhões de vidas ao redor do mundo.