Pedra Banca em Caldas está pegando fogo

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Pedra Banca em Caldas está pegando fogo, uma das grande reservas naturais sofre pela queimada.

Temos a tristeza de informar que há fogo no pico da Pedra Branca. A causa ainda é desconhecida. Moradores dos bairros da Pedra Branca e do Maranhão estão tentando controlar o fogo. Uma viatura dos bombeiros foi averiguar a situação, mas não tem pessoas. O governo do estado já foi notificado, estamos tentando apoio aéreo, dado o difícil acesso.

Pra quem não está por aqui, momento de oração. Pra quem está, precisamos agir rápido, pois se o fogo não for controlado as consequências podem ser de extrema gravidade!

 

Pedra Branca é reserva da Mata Atlântica

Pedra Branca é reserva que guarda plantas raras e aves da Mata Atlântica (Foto: Devanir Gino/TG)Vista geral de Pedra Branca, reserva localizada no município de Caldas, em Minas (Devanir Gino/TG)

Pedra Branca é um dos cartões-postais de Caldas (MG). A 15 quilômetros do centro da cidade, bem poderia posar como modelo para um artista que se propusesse a pintá-la tendo a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário em primeiro plano.

Belezas da Mata Atlântica. 

Com 119 km2, atingindo no ponto mais alto a cerca de 1.760 metros de altitude, Pedra Branca é hoje Reserva Biológica dentro de uma Área de Proteção Ambiental. Pela rica biodiversidade, é um campo de estudos, especialmente para a Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas

Fauna estudada por pesquisadores

A diversidade biológica e a concentração de espécies raras no local sempre atraíram a atenção de pesquisadores de várias partes do mundo. Um estudioso, em especial, tem o nome associado à Pedra Branca. Trata-se de Anders Fredrik Regnell.

Botânico Regnell

O sueco nascido em 1807, na cidade de Estocolmo, veio para o Brasil em 1840 para se tratar de uma doença nos pulmões. Em terras brasileiras concluiu o curso de Medicina e foi morar em Caldas.

Regnell, que procurava a cura para seus males, acabou encontrando também a rica biodiversidade de Mata Atlântica circunscrita em Pedra Branca. O sueco, que é considerado um dos maiores botânicos que já viveram no Brasil, descobriu espécies, catalogou uma infinidade de plantas e foi um grande colaborador na formação das coleções do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e um expoente na Academia Real de Ciência de Estocolmo. Vários exemplares descobertos por Regnell foram enviados ao naturalista Carl Friedrich Philip Von Martius, que as incluiu na Flora Brasiliensis, uma das maiores coleções botânicas de todos os tempos.

Árvores são refúgio de espécies

Grande parte dos achados do botânico está guardada no Jardim Botânico de Poços de Caldas. Entre as espécies está a samambaia Phlegmariurus regnelli, descrita há 140 anos por Regnell e redescoberta recentemente pelo biólogo Eric Williams, curador do herbário da Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas.

A casa onde o botânico morou não existe mais. Mas é possível passear pela rua onde existia a casa de Regnell. O túmulo do sueco também está em Caldas.

Com informações do G1

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