Cidade de São Lourenço fez tratamento precoce de covid, como está a cidade agora?

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Vacina Russa Covid

Cidade de São Lourenço fez tratamento precoce de covid, como está a cidade agora? São Lourenço é um município brasileiro do sul do estado de Minas Gerais, uma das mais conhecidas estâncias hidrominerais do Brasil. Faz parte do Circuito das Águas de Minas Gerais, na Serra da Mantiqueira. Sua população em julho de 2020 foi estimada em 46 202 habitantes. Recentemente o prefeito anunciou tratamento precoce de covid.

O prefeito de São Lourenço, no Sul de Minas, Walter José Lessa, aposta no chamado tratamento precoce da COVID-19 – com o uso de remédios cuja eficácia não foi comprovada cientificamente. Vídeo do Dr. Lessa afirmando que a combinação de medicamentos tem resultado positivamente no número de internações no município foi comemorado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Mesmo assim, a cidade aderiu à onda roxa do Programa Minas Consciente, do governo estadual. “A experiência nos mostrou que entre o quadro clínico do paciente inicial na síndrome gripal até o resultado positivo e começar o tratamento, estamos perdendo de 4 a 7 dias. Percebi que esses pacientes estavam evoluindo muito mal até começar o tratamento de fato”, afirma prefeito.

Como está São Lourenço hoje?

A cidade sul mineira tem hoje 2634 casos de covid. 52 pessoas perderam a vida devido ao covid. O hospital da micro região de são Lourenço está com 100% de leitos de UTI ocupados e 76% dos leitos clínicos ocupados. Pelos números, nota-se que o tratamento precoce não funciona e a única forma de acabar com a pandemia é a vacinação em massa da população.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai investigar o tratamento precoce contra a COVID-19 que está sendo utilizado em São Lourenço, no Sul de Minas. Vídeo do prefeito da cidade, Walter José Lessa, explicando o procedimento e afirmando que zerou internações repercutiu nas redes sociais.

 

Poços de Caldas

A cidade está com mais de 90% dos leitos de UTi ocupados.

 

Andradas

A  PREFEITA MARGOT PIOLI E consegue respirador para o hospital. Entre os equipamentos entregues está 01 Respirador Hospitalar, bastante utilizado por conta da pandemia.

Na última sexta-feira, 19 de março, a Santa Casa de Andradas recebeu diversos equipamentos, entre eles, 01 respirador hospitalar, muito requisitado nos últimos meses devido aos casos de Covid-19, e também 01 foco cirúrgico, item fundamental no momento do parto, por exemplo.

 

Mulher chora em saber que tratamento precoce gerou problemas do coração

Existe um certo perigo do tratamento precoce contra o COVID. O infectologista Gerson Salvador, que trabalha em um hospital de São Paulo, relatou o desespero manifestado por uma mulher que sofreu alterações cardíacas nesta segunda (22/3). Ela fez uso do chamado “tratamento precoce” contra a COVID-19, contraindicado pelos médicos.

“Hoje admiti na emergência uma mulher jovem com COVID-19. Ela tomava: hidroxicloroquina, azitromicina e clavulin. Além de necessidade de oxigênio, tinha uma alteração no eletrocardiograma, então desconhecida. Ela chorou dizendo ‘eu tenho duas filhas pequenas'”, escreveu o médico no Twitter.

O chamado “tratamento precoce” tem sido indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para combater a COVID-19. O “kit” reúne fármacos como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina.

“É absolutamente falso. Estudos mostram que esse ‘tratamento precoce’ não faz isso de forma alguma. Tanto é que não é recomendada por qualquer organização séria do mundo: OMS (Organização Mundial da Saúde), NHS (National Health Service, o serviço de saúde pública do Reino Unido), o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos EUA) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por exemplo”, afirma o infectologista Geraldo Cunha Cury, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

O especialista explicou os perigos que circundam o uso desses remédios, sobretudo no comportamento da população.

 

“É uma informação falsa que cria mais confusão e ajuda o vírus a se espalhar mais, porque tem gente que toma esses medicamentos e acha que está protegida do vírus”, diz.

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