Geraldo Alckmin desliza e erra muito durante entrevista ao Jornal Nacional

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Geraldo Alckmin desliza e erra muito durante entrevista ao Jornal Nacional

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin,passou por uma sabatina na noite dessa quarta-feira (29) no Jornal Nacional.  Os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos tentaram contemplar diversos temas durante a entrevista, como saúde, violência, habitação e transporte público, mas os casos de corrupção envolvendo o PSDB e seus aliados foram o centro do debate, tomando boa parte dos 27 minutos de entrevista.

Em várias situações, Alckmin se esquivou das perguntas sobre corrupção, o que fez Bonner e Renata insistirem seguidamente, voltando à pergunta inicial. Muitas vezes, Bonner e Alckmin se interrompiam e falavam ao mesmo tempo.

O candidato tucano foi questionado sobre o apoio do PTC de Fernando Collor ao PSDB e sobre a presença dos investigados Aécio Neves e Eduardo Azeredo (este último, também condenado) no partido. Alckmin respondeu que dá apoio total à Lava Jato e que espera que quem for julgado culpado seja punido.

Os apresentadores também lembraram o caso do Rodoanel de São Paulo, em que delatores de empreiteiras narram ter havido pagamento ao caixa 2 do PSDB. Alckmin também negou essas acusações.

Quando o assunto foi segurança pública, os apresentadores da Globo questionaram o fato de o PCC ter nascido em São Paulo e ter se espalhado pelo restante do Brasil e até para o exterior. Alckmin negou falha na política de segurança durante seu governo estadual, citando a queda nos números de assassinatos em São Paulo.

A já tradicional série de sabatinas começou nesta segunda-feira. Antes de Geraldo Alckmin, Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PSL) foram entrevistados. A série termina amanhã (30) com a entrevista de Marina Silva (Rede).

A ordem foi determinada por sorteio e foram convidados, segundo a emissora, “os principais candidatos da pesquisa da semana anterior que estejam aptos a estar presencialmente no estúdio”. Isso exclui o candidato líder nas pesquisas de intenções de votos, Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, que está preso desde abril depois de ter sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Os candidatos participantes dessas sabatinas também devem ser, em seus respectivos dias, entrevistados um pouco mais tarde, às 22 horas, pelo programa Central das Eleições, transmitido pela Globo News.

Veja os principais pontos da entrevista que começou às 20h01, quando Alckmin foi chamado ao estúdio pelos apresentadores:

Corrupção

Renata Vasconcellos começou a entrevista falando de alianças políticas e lembrando que o PSDB fez alianças com partidos do chamado Centrão e que, neles, há 41 investigados pela Lava Jato.

Alckmin não comentou esse número, mas justificou as numerosas alianças como necessidade: “Fui buscar, no Progressistas, por exemplo, a senadora Ana Amélia, a mais respeitada mulher senadora da República. Temos bons quadros em vários partidos. Precisamos de maioria para fazer as mudanças de que o Brasil precisa. Prometer mudança sem maioria é conversa fiada”.

Renata interrompeu: “Mas estamos falando dos investigados”. “Os partidos têm bons quadros. Quem é investigado, vai responder por isso”, rebateu Alckmin.

Renata, então, lembrou que um dos aliados de Alckmin nessa eleição é Fernando Collor do PTC. Ela leu a extensa ficha de Collor, mencionando o impeachment por denúncia de corrupção e o fato de ele ser réu na Lava Jato, acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Renata, mencionou, ainda, uma entrevista que Alckmin havia dado a ela de 2006: “Você me disse, naquela ocasião, que ‘em política, é importante o diga-me com quem andas, e te direi quem és’. O senhor repetiria essa frase hoje, tendo Fernando Collor ao seu lado?”.

“O PTC não me apoia. Ele apoia outro candidato. O PTC não está na minha coligação”, respondeu Alckmin. O candidato reafirmou que defende a Lava Jato. Renata ainda voltaria ao assunto após alguns minutos, afirmando que, em Alagoas, o PSDB apoia o PTC e não tem candidato por lá. Alckmin voltou a negar que o partido de Collor pertença à sua coligação.

Aécio e Azeredo

Bonner entrou na discussão sobre corrupção fazendo sua primeira pergunta. Ele observou que Alckmin tem, dentro do seu próprio partido, Aécio Neves e Eduardo Azeredo, ambos com envolvimento em casos de corrupção, sendo Azeredo foi condenado e cumpre pena. Lembrou, também, que há vídeos “eloquentes e explícitos” que comprometem Aécio Neves. “Como presidente do PSDB, por que o senhor não pediu a expulsão desses dois elementos do seu partido?”, perguntou Bonner.

“Não passamos a mão na cabeça de ninguém. O Azeredo está afastado. Quem errou paga pelo erro”, respondeu Alckmin. Bonner rebateu: “Mas ele continua integrando o partido. Não há constrangimento em manter Azeredo no partido? Preciso perguntar, a ética que o PSDB defende com tanta veemência e cobra de partidos adversários não vale para os tucanos do PSDB?”.

Alckmin aproveitou para fazer uma referência discreta a Lula, cuja prisão é contestada pelo PT: “Vale sim. Não vamos à porta da penitenciária contestar a Justiça e não transformamos réu em vítima. Aécio foi afastado da presidência do partido. Só virei presidente do partido porque ele foi afastado. O Azeredo está afastado da vida pública há dez anos. O Azeredo vai pedir desligamento do partido em breve”.

Bonner ainda disse a Alckmin que seu secretário de transportes, Laurence Casagrande, está preso, suspeito de fraude em licitação do Rodoanel em São Paulo. Alckmin respondeu que Laurence estava sendo injustiçado: “Espero que amanhã, quando ele for inocentado, haja espaço para a justiça. Ele é uma pessoa honesta. Ele leva uma vida simples”.

PCC

Renata decidiu cortar o debate sobre corrupção e introduziu a pauta da segurança pública. Questionou que o PCC, criado em São Paulo, se expandira para outros estados e até para fora do país. “Em que a sua política de segurança falhou?”, ela questionou. Alckmin negou que houvesse uma falha, dizendo que a política de segurança de São Paulo era um exemplo para o restante do País.

Renata rebateu dizendo que muitos especialistas atribuíam a queda no número de assassinatos ao domínio do PCC, que teria eliminado rivais e dominado o crime. Alckmin respondeu “Mas é inacreditável alguém dizer que 10 mil pessoas deixam de ser mortas por ano e que a culpa disso, ou melhor, a proposta disso é o crime que fez. Ele não, é a polícia que fez”.

Bonner e Renata questionaram Alckmin sobre o fato de os líderes do PCC ainda comandarem a facção de dentro da cadeia, com bilhetes, por exemplo, plantados em privadas. Alckmin negou. “Isso aí são coisas que vão sendo repetidas e acabam virando verdade. Explica para mim: como é que no Brasil tem 30 homicídios por 100 mil habitantes e, no mesmo país, no país que tem a maior população, tem oito homicídios por 100 mil habitantes? Porque é lá que eles trabalham”.

Fala final

No um minuto extra concedido ao candidato para falar livremente sobre “qual é o Brasil ele quer para o futuro”, Alckmin voltou a repetir um discurso genérico sobre a necessidade de “reformar” o País e usou apenas metade do tempo que tinha:

“O Brasil que eu quero para o futuro é um país de oportunidade, oportunidade para todos. O Brasil tem pressa e o Brasil precisa mudar, e ele, para mudar, precisa de reformas. Nós vamos fazer rápido as reformas que o país precisa. Para quê? Para ter emprego. O seu filho, o seu neto, você trabalhador, trabalhadora, ter oportunidade. O Brasil voltar a ser um país de oportunidade para todos e não deixar ninguém para trás. Por isso, com humildade, peço o seu apoio”.

Informações : Exame 

Mais informações:

A assessoria de imprensa do tucano foi avisada sobre as checagens da agência e poderá enviar seus comentários para esta reportagem a qualquer momento. Veja a seguir o resultado de verificação:

JORNAL NACIONAL

“Não tem, não tem, não tem [ordens de líderes do PCC sendo dadas de dentro dos presídios de SP]”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 29 de agosto de 2018

FALSO

Em julho, o Ministério Público de São Paulo denunciou 75 pessoas por atuarem como executores de ordens dadas por líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) de dentro das cadeias. De acordo com o MPSP, a partir dos presídios paulistas, os líderes ordenavam “execuções de agentes do Estado, queima de ônibus e assassinato de rivais”. De acordo com a denúncia, as ordens saídas dos presídios tinham por objetivo expandir a facção. As denúncias são resultado da Operação Echelon e começaram quando agentes penitenciários encontraram cartas trocadas por líderes do grupo presos na penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de SP. Em uma delas, membros da facção de outros estados planejavam ir a SP para aprender a montar bombas. Em julho, a Folha também revelou que líderes do PCC comandaram ações criminosas por telefone, de dentro do presídio de Valparaíso, no interior paulista. Levantamento dos pesquisadores Camila Nunes Dias e Bruno Paes Manso mostrou que o PCC já domina o crime em oito estados e disputa o controle em outros 14.

assessoria de Alckmin disse que a denúncia citada comprova a efetividade do serviço de inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária, que iniciou a investigação.


“Nós [SP] temos a melhor polícia do país”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 29 de agosto de 2018

INSUSTENTÁVEL

Não há pesquisas ou estudos no Brasil que avaliem, de forma comparativa, a atuação das polícias militar e civil nos estados. O que existe é um ranking, de 2013, sobre a confiança da população nas polícias de suas respectivas unidades da federação. Trata-se da Pesquisa Nacional de Vitimização, publicada pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Nela, a Polícia Militar de SP foi a sétima colocada – 19,2% dos paulistas disseram “confiar muito” em sua atuação. O primeiro lugar ficou com a PM de Minas Gerais. A Polícia Civil paulista apareceu, por sua vez, em 18º lugar, com 15,8% da população dizendo “confiar muito” nela.

Em nota, a assessoria de Alckmin disse que “nenhuma outra polícia do país derrubou a taxa de homicídios em quase 80% desde 2001”.


“O PTC não me apoia. Ele apoia outro candidato”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 29 de agosto de 2018

VERDADEIRO

O PTC, de fato, não integra a coligação “Para Unir o Brasil”, que apoia Alckmin. Os partidos que fazem parte da aliança são PSDB, PTB, PP, PR, DEM, Solidariedade, PPS, PRB e PSD. O PTC, partido de Fernando Collor, apoia Alvaro Dias, do Podemos.


“Você sabe quantos presos nós temos em SP? 228 mil presos (…) 35% da população carcerária”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 29 de agosto de 2018

VERDADEIRO

sistema Geopresídios, do CNJ, informa que a população carcerária de SP é de 231.491 pessoas, o que representa 33,5% total de presos do Brasil. O sistema contabiliza, por exemplo, presos em regime fechado, semiaberto, aberto e presos provisórios.

Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), do Ministério da Justiça, informa, por sua vez, que, em 2016 (último dado disponível), SP tinha 240.061 pessoas presas, o que representava 33,1% da população prisional do Brasil.


“O Aécio Neves era o presidente do partido. Ele foi afastado da presidência do partido”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 29 de agosto de 2018

FALSO

Aécio não foi afastado da presidência do PSDB. Ele se afastou por conta própria, no dia 18 de maio de 2017. Em nota enviada à imprensa, o tucano declarou: “decidi licenciar-me hoje da Presidência do PSDB, que ocupo há mais quatro anos, com extrema honra e dedicação”. O senador cearense Tasso Jeireissati assumiu interinamente o posto (posteriormente, foi substituído por Alberto Goldman), e a eleição para presidência da sigla só ocorreu em dezembro. Procurado, Alckmin não retornou.


“[Vou implementar] voto facultativo”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 29 de agosto de 2018

DE OLHO

programa de governo que o candidato registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não cita, em momento algum, o voto facultativo como uma de suas diretrizes. O único ponto do documento que se relaciona ao assunto diz o seguinte: “promover a reforma política e o voto distrital para reduzir o número de partidos e reaproximar o eleitor do seu representante”. Procurado, Alckmin não retornou.


“As minhas campanhas sempre foram feitas de maneira simples”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 29 de agosto de 2018

EXAGERADO

De acordo com dados do TSE, a campanha de Alckmin para governador de São Paulo, em 2014, foi a segunda mais cara entre os candidatos ao cargo. O tucano declarou ter gasto R$ 40.394.332,54 no pleito. A campanha mais cara foi a de Alexandre Padilha, do PT, com R$ 47,9 milhões. Em terceiro lugar, ficou Paulo Skaf, do PMDB,com R$ 29,19 milhões.

Na disputa de 2010, Alckmin foi o que mais teve despesas entre os nove candidatos que postulavam o cargo de governador de SP. Declarou ter gastado de R$ 34.221.236,96, segundo o TSE. Em segundo lugar ficou a campanha de Aloizio Mercadante (PT), com 20,2 milhões e a de Skaf, com 18,2 milhões. Procurado, Alckmin não retornou.


“O ano passado, [o número de assassinatos em São Paulo caiu para] 3.503”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 29 de agosto de 2018

VERDADEIRO, MAS

Em 2017, SP realmente registrou uma redução no número de homicídios dolosos (3.504 no total), mas, em sua fala, novamente, Alckmin desconsiderou outros tipos de mortes violentas e intencionais ocorridas no estado, no período.

De acordo com levantamento do Instituto Sou da Paz, se incluídos os latrocínios, os casos de lesão corporal seguida de morte e as mortes em decorrência da ação das polícias militar e civil, o total de mortes violentas intencionais registradas em SP no ano passado sobe para 4.834 casos. Veja os dados completos aqui.

Quando a Lupa checou essa frase pela primeira vez, a assessoria de Alckmin enviou nota informando que o candidato falava apenas de homicídios e que, por isso, não tinha sido impreciso nem errado.

JORNAL DAS 10

“Se nós crescermos 50 pontos no Pisa (…), nós vamos crescer 1% no PIB em caráter permanente, pelos ganhos de produtividade”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal das 10, da Globonews, no dia 29 de agosto de 2018

VERDADEIRO

O estudo “Universal Basic Skills: What Countries Stand to Gain”(Competências Universais Básicas: o que os países ganham em sustentá-las), da Universidade de Stanford, de fato, conclui que, no Brasil, um crescimento de 50,9 pontos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) adicionaria um ponto percentual ao crescimento de longo prazo do Produto Interno Bruto do país.

A pesquisa, que se deteve sobre os ganhos econômicos a partir do investimento em educação, foi publicada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2015.


“Nós [no Brasil] temos hoje 440 mil crianças de 4 e 5 anos fora da pré-escola”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal das 10, da Globonews, no dia 29 de agosto de 2018

VERDADEIRO

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua(Pnadc) de 2017, cerca de 443 mil crianças de 4 a 5 anos, faixa que corresponde à pré-escola, estão fora da escola. Esse número equivale a 8,3% do total de crianças nessa faixa etária.


“A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre tem 7.300 funcionários”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal das 10, da Globonews, no dia 29 de agosto de 2018

SUBESTIMADO

Ao defender a expansão do ensino técnico e tecnológico, o candidato falou sobre sua visita recente à Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, mas subestimou o tamanho da instituição.

balanço anual da entidade, publicado neste ano mas referente a 2017, indica que ela contava com uma força de trabalho formada por um total de 8.772 profissionais, sendo 2.213 médicos e 6.559 profissionais ativos nas mais diferentes áreas. Procurado, Alckmin não retornou.


“Se você pegar o dinheiro do MEC [Ministério da Educação], o dinheiro federal, só 30% é para a educação básica”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal das 10, da Globonews, no dia 29 de agosto de 2018

VERDADEIRO

Segundo o estudo Aspectos Fiscais da Educação no Brasil, publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), a União gastou R$ 117,2 bilhões com educação. Desse total, R$ 34,6 bilhões – ou 29,5%, foi para a educação básica.


“Hoje, de cada 100 alunos, 41 não terminam o ensino médio. Você tem uma evasão escolar de 41%”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal das 10, da Globonews, no dia 29 de agosto de 2018

VERDADEIRO, MAS

De acordo com a ONG Todos Pela Educação, 41,5% dos jovens não concluem o ensino médio até os 19 anos. Contudo, vale ressaltar que o conceito de evasão escolar foi usado de forma equivocada pelo candidato. Não é sinônimo da taxa de alunos que não terminam o ensino médio.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), taxa de evasão escolar é o percentual de alunos matriculados em uma série que não se matriculam na série seguinte.

Estudo comparativo feito pelo instituto com base nos dados do Censo Escolar 2014/2015 mostra que a evasão escolar no Ensino Médio foi de 11,2% no Brasil.


“43 [estatais foram] criadas no governo do PT”
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, em entrevista ao Jornal das 10, da Globonews, no dia 29 de agosto de 2018

SUBESTIMADO

Segundo o Ministério do Planejamento, foram criadas 54 estatais durante o governo petista – 11 a mais do que o mencionado por Alckmin na GloboNews. O governo PT foi de 1º de janeiro de 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse, até 12 de maio de 2016, quando Michel Temer assumiu de forma interina, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Procurado, Alckmin não retornou.

Informações: Lupa

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