Região explorada pela INB de Poços nunca foi descontaminada

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INB Caldas
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Região explorada pela INB de Caldas nunca foi descontaminada

 

Região explorada pela INB de Caldas nunca foi descontaminada. Exploração da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) terminou em 1995, mas terreno não foi descontaminado. Comissão de energia encontrou problemas na manutenção dos resíduos.

 

Na rodovia Poços/Andradas, no km 20 ,a primeira mina de urânio que foi explorada no Brasil, só restaram bacias de contenção de rejeitos, lama com resíduos radioativos na cava da mina, uma fábrica de beneficiamento de minério desativada, e mais: milhares de toneladas de misturas contaminantes que contêm urânio, tório, rádio.

Hoje tudo que é feito lá é para monitorar e evitar mais problemas ambientais. Só para empresas terceirizadas foram pagos mais de R$ 700 mil nos primeiros sete meses de 2017. Dinheiro público.

Foram 13 anos de extração de urânio. Em 1995, a empresa responsável, que é pública, a INB – Indústrias Nucleares do Brasil – concluiu que a atividade não era mais viável economicamente. De lá para cá, se passaram 22 anos, toda a área com os rejeitos radioativos deveria ter sido recuperada, descontaminada. Não foi. São mais de 12.500 toneladas de resíduo. As regras para o armazenamento desse material perigoso são rígidas.

De acordo com informações do site da empresa foi iniciada a descontaminação de suas instalações e terrenos.

 

As instalações, o solo, as águas e os equipamentos da antiga mineração são permanentemente monitorados, assim como os materiais radioativos que ali estão estocados, de modo a proteger o meio ambiente e assegurar a saúde dos trabalhadores da unidade e dos moradores da região.

 

Na INB Caldas está instalado o Laboratório Ambiental de Análises Químicas e Radiológicas que realiza as análises necessárias ao monitoramento do meio ambiente em áreas onde funcionam as unidades da INB na Bahia, no Ceará, em Minas Gerais e em São Paulo.

 

Mas de acordo com informações, em 2017, a CNEN verificou que as exigências não foram cumpridas. Não foi a primeira vez, como explica o promotor de Caldas. “Historicamente, desde quando se encerraram as atividades, ela vem ignorando muitas dessas orientações desses órgãos. E isso pode custar um preço caro à sociedade local, ao meio ambiente, a todo o ecossistema”, disse o promotor José Eduardo de Souza Lima.

 

Em 2012 o IBAMA aprovou o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), que foi elaborado a partir de estudos nas áreas de hidrologia, geoquímica, hidroquímica e radioproteção, realizados com o objetivo de definir as obras a serem realizadas e as ações de recuperação ambiental que devem ser desenvolvidas na unidade.

 

Um relatório da própria INB calcula que recuperar a área vai custar cerca de US$ 500 milhões, mais de R$ 1,5 bilhão em 40 anos, e conclui que será necessário criar um modelo de financiamento, porque a INB não tem orçamento para isso.

O Ibama informou que o projeto de recuperação da área está em fase de estudo, mas não há prazo para conclusão A INB – Indústrias Nucleares do Brasil – afirma que faz inspeções periódicas nos galpões e nas bacias de contenção de rejeitos radioativos e descarta o risco de contaminação do solo e da água da região.

Informações: Jornal Nacional e Site INB

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